Arigatô!

Depois de assistir ao comercial da Asics, postado ontem no blog Correria, da revista Runner´s, procurei mais vídeos sobre a marca e encontrei esse que achei interessantíssimo.
É um documentário produzido pela Discovery Channel sobre a tecnologia e fabricação dos tênis da marca.
Particularmente, e dentro do meu ainda pequeno conhecimento sobre esse mundo das corridas, fico também com o Asics. Tenho um Mizuno e um Ironman (da Track&Field) mas nenhum se compara ao meu Asics Nimbus 10. Simplesmente espetacular! Tudo bem que custa os olhos da cara, mas se a gente analisar todos os gastos que teremos com antiinflamatórios e fisioterapia se corrermos com um Bamba, vale cada centavo investido.
Se tiverem um tempinho sobrando, assistam até o final.

E vamos correndo!

Fui criança de rua

Vou confessar… tenho muita saudade do meu tempo de criança.
Daquele tempo onde não existia compromisso, responsabilidades, a vida era apenas uma grande brincadeira.
Tempo em que passava mais tempo na rua do que em casa.
Corríamos o dia todo. Ou atrás da bola no futebolzinho na calçada, ou dos vizinhos depois de aprontar alguma, corríamos pra fugir da turma da rua de baixo que sempre queria brigar com a gente, na brincadeira de pega-pega, ou apenas corríamos por correr.
Idade tenra, aquela energia de sobra, onde era impossível ficar parado com tantas opções pra brincar.
Me lembro de passar tardes e tardes jogando taco, arremessando e correndo feito louco pra cruzar os tacos no meio da rua, ou correndo muito pra buscar a bolinha quando o adversário acertava aquela tacada “na veia”.
A gente corria pra fugir da chuva, corria pra brincar na chuva. Os cambitos não paravam nunca.
Corria ainda mais quando as mães viam nos chamar pra almoçar. Colheradas rápidas, praticamente engolindo inteira a comida pra poder voltar correndo pra rua.
Tempo bom.
Hoje vejo essas crianças presas em apartamentos, condomínios, enfiadas na frente de computadores, playstations, solitárias.
Não sabem e vão crescer sem saber o que é ralar os joelhos numa calçada áspera depois de uma dividida no futebol. Nem saber o gosto daquela fruta roubada no pé do quintal do vizinho. Essa geração passa horas e horas assistindo tv devorando pacotes de bolacha.
É muito triste saber que meu filho não terá a mesma infância livre que eu tive, que não poderá passar o dia todo leve e solto, correndo como eu corria.
Poucas vezes levei-o passear de bicicleta por pura falta de interesse dele mesmo pelo brinquedo que na minha época era o maior sonho que uma criança poderia ter.
Minha esperança é que com o tempo ele se interesse em me acompanhar pelas corridas por aí afora e que possa correr os muitos quilometros que eu corri quando criança.
E vamos correndo!

Só P, M, G e kit-merreca.

Novamente trago a tona a questão do tamanho das camisetas que ganhamos, ou melhor, compramos a cada prova que participamos e seus kits.
Se nas lojas já é difícil a gente encontrar roupas com medidas padronizadas, o que dizer dessas camisetas ditas tecnológicas, muitas delas mais vagabundas que o saquinho do Carrefour.
Acredito que muitas pessoas passam pelo mesmo problema que eu, que estou acima do peso (98k para 1,81m) e que apresentam uma protuberância desconfortável na região abdominal, no português claro, pança mesmo.
Na hora de vestir essas camisetas ficamos mais parecendo um pacote de salsichas embaladas a vácuo do que corredores.
Das poucas provas que participei, a única que ofereceu uma camiseta cujas medidas eram condizentes com um ser humano normal foi a Meia Maratona da Corpore, onde também tinha o kit mais legal até agora.
O pior mesmo foi dessa última corrida aqui de Pira, cujo “kit” era composto por camiseta+barra de cereais… e só.
E olha que a inscrição não foi tão mísera assim, R$ 35,00. Fiquei até contente quando fui retirá-la e a moça disse que tinha GG. Maravilha! Só ilusão.
A não ser que as medidas tenham sido tiradas num anão, e dos pequenos.
Pra piorar ainda mais a situação, poucas provas oferecem a bendita camiseta “GG”, normalmente as únicas opções são P, M e no máximo a G.
Outro dia alguém comentou no blog Correria, da revista Runner´s, que os kits também estão cada vez piores, talvez por causa da procura cada vez maior pela corrida.
Procura maior + grana no bolso dos organizadores + kit vagaba para os corredores = muito lucro. Equação bem lucrativa.
Do outro lado tem as provas para corredores nojentinhos, dondocas e pseudo-celebridades como a Iguatemi Fashion Run, cuja inscrição básica custa R$ 200,00 e a “RUBI” (porque rubi?) custa a pequena fortuna de R$ 1.000,00 (??????).
No kit me parece que vem 2 camisetas da Track&Field e até um tênis performance da Asics. Tudo isso para apenas 5K de prova, 2 voltas de 2,5K ao redor do pomposo shopping.
Voltando às camisetas, guardo todas com a esperança de um dia caber dentro delas. Aos poucos até que tô perdendo, como diz o meu filho, essa “barriga do Kung-fu Panda”.
Chego lá.
Minha próxima prova agora será a do circuito das estações Adidas. Tô curioso pra saber o tamanho da “mardita”, já que a inscrição é bem cara e é a única coisa interessante do kit, que também tem uma latinha (grande utilidade!).
É pagar, e caro, pra ver…
E vamos correndo!

Pacman

Para quem tem tendência a Pacman como eu, esses feriadões são literalmente um prato cheio. E esse friozinho então, é a cereja que faltava no bolo para o estrago ser completo.
Até quinta a noite segurei bem como sempre faço em semana de prova. Já na sexta… ai, ai.
Eu e meu filho emendamos o feriado, apenas minha esposa trabalhou (digamos que com uma vontade!).
Moleque em casa, dia chuvoso, frio. Fiquei na cama até mais tarde, até bater aquela vontade de um pãozinho quente… Tá bom, 1 não, 2.
Depois de um tempo o meninão acorda faminto, leite com Nescau e uma tigela de granola com iogurte. Pequei carona na granola.
Lá pelas 10 e pouco o estômago já começava a dar os primeiros sinais de que aquele dia não ia prestar. Abro um pacote de waffles de chocolate e divido até o fim com o pequeno aprendiz de saco-sem-fundo.
Para o almoço até quem o cardápio foi tranqüilo. Fiz um arroz de forno com legumes que ficou uma delícia. Pra quem não sabe, adoro cozinhar, venho de uma família onde praticamente todos os homens são “os caras” na cozinha. Quando eu era pequeno, meu pai teve restaurante. Meu irmão é chef de cozinha do restaurante de um primo, outro tem uma cozinha industrial, enfim, já nascemos com o garfo na mão.
No meio da tarde chuvosa e fria, um filminho com pipoca caiu como uma luva. E meu rebento no embalo. O danadinho é “magro de ruindade” como no dito popular, mas que adora beliscar alguma coisa, isso é fato.
O jantar foi um repeteco do almoço (ainda bem!). Antes de dormir, mais um pouco de granola como tiro de misericórdia.
No sábado a coisa foi mais cruel. Ninguém afim de cozinhar, fomos comer num restaurante pertinho de casa, daqueles famosos “comida-a-quilo-com-churrasco”.
Com o quilo a R$ 26,00, só a minha comanda ficou em R$ 25 e pouco. Por aí dá pra calcular o peso do pratinho né? Pelo menos deixei de lado a sobremesa.
A tarde fui correr na rua mesmo, e pra minha surpresa não é que fiz uns 10K sem correr feito um cão dachshund batendo a barriga no chão? Maravilha! Pelo Polar lá se foram mil e poucas calorias, praticamente eliminei meu primeiro dos 3 pratos que comi.
Domingão tirei o pé do circuito geladeira-fogão-microondas, fechei a boca e voltei na comidinha saudável pra encarar mais uma semana de treino.
Assim de vez em quando pooooooooooode…rs
E vamos correndo!

42 bons motivos para correr – motivo 42

Misture-se com os atletas de elite – A corrida lhe oferece a única oportunidade de misturar-se a atletas de alto nível. Será difícil lutar com um campeão mundial de boxe ou então bater uma pelada com um craque da bola. Mas, durante o ano todo ocorrem corridas onde, além de você, estarão presentes corredores profissionais.

Corrida de quinta

Apenas 288 participantes. Número reduzido assim como o tamanho GG das camisetas (o que esses caras que organizam corridas tem contra os mais, digamos, bem-nutridos?).
Fui buscar meu kit bem cedo afim de não ter surpresas mas não é que tive mesmo assim? Abri a sacola e o que tinha dentro era apenas uma camiseta e 1 barrinha de cereais. Até olhei em volta pra ver se não tinha caído nada mas não, era só aquilo mesmo. Pelo número de patrocinadores na camiseta achei que na sacola teria até pizza!
Foi a primeira vez que tive a torcida de casa. Como a prova foi aqui em Pira e não foi de manhã, ficou mais fácil arrastar a minha esposa, meu filhotão e minha mãe para prestigiar.
Pois bem. Fiquei por ali ajudando meu treinador armar a barraca (sem maldade!) e depois com mais 2 amigos comecei um aquecimento. Faltando 20 minutos pra largada percebi que tinha esquecido o chip e o número em casa! Que m…!
Voei buscar como se tivesse levando uma mulher grávida no carro e cheguei para a largada em cima da hora. Conclusão: perdi o aquecimento.
Larguei totalmente frio, praticamente caminhando pra tentar esquentar um pouco mas não deu certo. A primeira volta foi um desastre, até tartaruga tava me passando, doía tudo e a frequência cardíaca tava lá no teto.
No caminho encontrei um amigo “quebrado”, se arrastando até a chegada com dores na canela.
Por falar em caminho, as ruas foram apenas parcialmente fechadas. Uma linha de cones e alguns centímetros separavam a gente das centenas de carros que passavam por ali.
Na 2 ª volta, já aquecido, melhorei bem o tempo mas não deu pra recuperar o que já havia perdido. Numa prova rápida de apenas 6K, cada segundo faz a diferença.
Resultado: 00:34:52.
Até que fiquei contente pois foi o meu melhor pace até hoje, em média 00:05:48 min/km mas poderia ter sido bem melhor se as coisas tivessem acontecido “nos conformes”.
Cruzada a linha de chegada sob os aplausos do meu fã-clube domiciliar, fui entregar o chip e acredito que demorei mais nessa fila do que na prova toda, pois tavam dando sorvete de açaí e o processo tava meio lento.
Depois fui pra tenda da Fit Labore tomar um chocolate quente e fazer uma massagem pra relaxar.
Ficamos aguardando pra ver se realmente um boato ia se confirmar, de que no final da prova os concluíntes teriam um belo desconto na pizzaria… ficamos é lambendo os dedos… nada de desconto!
O que mais valeu foi poder contar com a presença da minha família e da estrutura da nossa tenda, que tava bem legal com alongamento, massagem, chocolate quente e frutas. Porque no que diz respeito a organização, essa tava bem deficiente.
Em matéria de pamonha, Piracicaba é a cidade… mas em termos de corrida, aí já é outra história.
Agora é me preparar para a edição de inverno da Adidas Estações e vamos correndo!

Coisa de doido!

Feriadão é uma maravilha!
Ruim mesmo é chegar aqui na agência e ver o monte de pastas acumuladas na minha mesa.
Vou tentar postar na hora do meu almoço, entre uma garfada e outra…rs
E vamos correndo!

Garfaram 2K!

Não dá pra acreditar que existem empresas que trabalham dessa forma, lesado os participantes.
Há meses essa corrida da Pizzaria Michellucio está sendo divulgada, as inscrições encerraram ontem e só hoje liberaram o mapa da prova com apenas 6K!
Todos pagaram por 8K e sem motivo nem satisfação simplesmente mudam o percurso e pronto… absurdo total.
A empresa é a NC Promoc aqui de piracicaba.
Nem no regulamento está previsto esse tipo de mudança. A única cláusula bem clara é que em nenhuma hipótese o dinheiro será devolvido. Cômodo né? Passam a perna nos inscritos e ainda não querem devolver a grana? Sinto como se tivesse morrendo de fome e tivesse pedido um pizza de 8 pedaços no Micheluccio, mas só veio com 6. O que é que devemos fazer? Se alguém souber que medidas podemos tomar contra a empresa me falem ok?
Abraço… e vamos correndo (menos 2K!)

Amanhã tem prova!

Amanhã tenho mais uma provinha pra participar. É aqui em Pira mesmo, a 3ª Corrida Noturna Pizzaria Micheluccio, 8K. Nota 10!
Ontem mandei um e-mail para a organização pedindo um mapa da prova pois nem no site deles nem no site da Ativo aparece o percurso. Uma falha grave pois no regulamento está que o mapa da prova estaria disponível nesses dois sites. Ok, menos 1 ponto.
Quando finalmente recebi o mapa, um “print screen” da tela do mapa feito em algum site de mapas, a surpresa foi maior ainda. Além do mapa os caras deveriam ter me mandado o manual para decifrá-lo. Um emaranhado de linhas sobrepostas no trajeto que não dá pra saber nem onde começa, pra que lado é a partida e quantas voltas, já que a volta que está o mapa tem apenas 2,4K. Menos 2 pontos.
Mandei outro e-mail para que ele pudesse me explicar melhor e acho que realmente tá tão difícil de entender que nem ele sabia. Pediu para que eu fosse até o local para encontrá-lo que lá ele explicaria (???). Será que o percurso é secreto? Nossa, que mistério! Menos 1 ponto.
Ontem mandei um e-mail de que eu estaria lá as 18h30 pra fazer um treino no local e se ele pudesse aparecer seria interessante, mas o sujeito, um tal de Niltinho, não apareceu. Treinamos assim mesmo, num percurso imaginário naquele local. Menos 2 pontos!
Agora, o que realmente derrubou a gente depois do treino foi o cheirinho de pizza, estrategicamente posicionado na largada/chegada do percurso. Ai, ai!
Bom, o negócio agora é pagar pra ver, quero dizer, pagar eu já paguei, agora é só ver mesmo o que vai dar.

Se alguém quiser tentar desvendar o “mistério dos 8K”, o mapa tá aí. (Essa volta inteira tem apenas 2,4K).

A prova que a princípio dei nota 10, descontando os 6 pontos pelo mapa indecifrável e pelo Niltinho fantasma, minha nota até agora é 4.
Vamos ver se amanhã ela sobe ou desce no meu conceito… E vamos correndo!

Obs.: Segunda eu trago os detalhes e as fotos, se é que vai dar pra tirar alguma… se chover babou!
Até segunda e bom feriadão pra todo mundo!

Vamos com calma

E pegando carona no post “42 bons motivos para correr” de hoje aí abaixo, gentilmente cedido pelo colega Rogério Lagos, posso afirmar que me serviu a carapuça.
Desde que eu me lembro por gente, sempre fui ansioso.
Na escola era aquele menino de cambitos finos, dente pra frente, franjinha ridícula, que antes mesmo de receber a prova já estava roendo as unhas tentando advinhar as questões. Mais tarde no ginásio, roer as unhas também fazia parte do meu dia-a-dia. Sempre tinha um motivo pra tal ansiedade que me perseguia mas na grande maioria das vezes aparecia e pronto.
Na adolescência é que essas coisas se fazem notar com muito mais frequencia por causa das grandes mudanças pelo qual passamos. A voz muda, as pernas esticam, as espinhas aparecem, aquela penugem começa a aparecer desenhando aquele bigodinho tipo “Latino em começo de carreira”. E nessa fase é que a insegurança toma conta e a ansiedade caminha junto. A gente não é mais criança, nem homem, nem nada… simplesmente um “frangote”.
Mas quanto mais eu crescia, mais as unhas diminuiam. Aos 18 anos cheguei a fazer até um tratamento para controlar essa danada, mas depois voltava.
Hoje, com todas as mudanças que acontecem na vida da gente conforme crescemos e nor tornamos “responsáveis”, essa carga de obrigações mantem acesa essa chama de ansiedade que sempre me perseguiu. Casamento, trabalho, filho, grana… tudo é motivo pra fazer com os dentes o serviço de uma manicure.
Tenho sempre na caixinha de remédios o velho e bom Lexotan pra casos de emergência.
Depois que comecei a correr percebo que o Lexotan não tem saído mais da caixa de remédios. A corrida está sendo um grande remédio natural pra tratar dessa ansiedade. Depois dos treinos chego em casa tranquilão, as vezes até meio zen, dependendo da intensidade da planilha. Antes eu explodia até com o barulho do grilo no quintal do vizinho, que resolvia cantar as 3 da matina.
Dentre as inúmeras mudanças que a corrida está me proporcionando acredito que essa pra min está sendo a mais significativa. A perna tá engrossando, a pança murchando, a balança tá mais simpática comigo mas estando com a cabeça em ordem, tudo fica muito mais “azul”.
E calmamente… vamos correndo!