Eu sobrevivi ao Kichute

Febre dos anos 70, 80 o Kichute fez parte da vida de praticamente todo moleque que gostava de correr atrás de uma bola. Eu me incluo nessa lista.
Vários pares se foram, muitos quilometros correndo nos joguinhos de futebol na rua de paralelepípedo do quarteirão onde eu morava. Amarrado na canela ou dando voltas com o cadarço por baixo do tênis, essa era a forma de direfenciar os pernas-de-pau com os que jogavam bem.
A gente acordava, devorava uma gemada, leite de saquinho com groselha Milani, calçava o Kichute e tava pronto pra botar os “cambitos” na rua.
Não consigo me lembrar de ter sofrido alguma lesão correndo com ele. Nem com o tênis Montreal (sim, aquele do Silvio Santos!). Só tenho boas recordações desse velho companheiro.
Hoje em dia com certeza não deixaríamos nossos filhos usar Kichute pelo risco de lesões, deformações, problemas com o desenvolvimento ósseo… blá, blá, blá… entre muitas coisas que aprendemos quando crescemos. Assim como a gemada, totalmente erradicada.
Só nos resta então a saudade desse tempo, em que nossos pais não tinham todo o conhecimento que temos hoje e por conta disso, deixavam a gente viver livremente!
E pra quem achou que ele tinha morrido: www.kichute.com.br